Flora normal

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O nosso corpo é habitado por milhões de diferentes bactérias, espalhadas por quase todas as regiões do corpo. Entre as regiões em que possuímos uma flora normal ativa estão a pele, o nariz, a boca, o cólon, o aparelho digestivo e muitos outros locais.

Sabemos que o intestino e a boca possuem grande variedade de espécies da microbiota normal. Na boca, por exemplo, existem mais de 500 espécies de bactérias, que desempenham um papel importante de prevenção e proteção da mucosa contra infecções e evitam a colonização de leveduras.

A flora ou microbiota quando considerada normal oferece algumas relações específicas com o corpo hospedeiro. A seguir alguns exemplos:

  • Mutualismo – é uma relação em que todos os relacionados se beneficiam, nesse caso os organismos e nós, os hospedeiros.
  • Comensalismo – é uma relação em que um dos organismos é beneficiado, enquanto o outro não é, mas esse outro organismo também não será prejudicado.
  • Parasitismo – é uma relação em que um dos organismos se beneficia, enquanto outro será prejudicado, o hospedeiro pode sofrer de danos leves até danos fatais. No caso do parasitismo existem as opções do parasita ser externo ou interno. O parasitismo pode ser considerado uma relação patogênica. Nessa relação o organismo invasor irá provocar danos ao hospedeiro durante uma infecção. Um patógeno oportunista normalmente leva vantagem quando a defesa do organismo hospedeiro está prejudicada.

A flora quando considerada normal é sempre benéfica ao corpo?

Não. É muito provável que a flora normal sempre seja benéfica, no entanto, alguns microrganismos da flora normal são considerados patógenos oportunistas, ou seja, são exceções. Exemplo: as bactérias Bacteroides são encontradas normalmente no intestino, podendo causar abcessos se penetrarem mais profundamente nos tecidos. Isso pode ocorrer por conta de feridas traumáticas ou cirúrgicas.

Importância do conhecimento sobre a flora

Assim como qualquer a área de estudo, quanto mais o tema for aprofundado, melhor serão as respostas obtidas, com a flora ou microbiota normal não é diferente.

Existem estudos realizados com animais, em que foi comprovado que animais isolados de microrganismos externos decorrentes do ambiente podem apresentar algumas diferenças específicas em relação aos outros animais. Entre as notáveis desigualdades está o tempo de vida: os animais isolados viveram o dobro do tempo que os animais não isolados; a outra desigualdade notada foi a diferença dos motivos que causaram a morte dos dois animais envolvidos: os livres de germes morreram em sua maioria por atonia intestinal, e os que tiveram contato com micro-organismos morreram de infecções.

Outros estudos também comprovaram que animais isolados de microrganismos decorrentes do ambiente possuíam pouca ou nenhuma imunoglobulina em suas secreções.

Além dos fatores ambientais, existem fatores genéticos que também desenvolvem um papel importante na formação das respostas imunes em sítios intestinais, e além disso, os fatores genéticos apresentam predisposição para doenças alérgicas e até câncer.

Curiosidade

Em um indivíduo adulto, estima-se que 1 kg de seu peso seja de origem microbiana.

Referências bibliográficas:
http://primer.crohn.ie/human-normal-flora
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK7617/
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5158
http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/856/n/a_microbiota_humana

Arquivado em: Microbiologia
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