História de Pernambuco

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Entre 1534 e 1536, D. João III instalou o sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil. Tal sistema era caracterizado pela doação de um lote de terras, uma Capitania, a um Donatário (um nobre português), a quem caberia explorar, colonizar as terras, fundar povoados, arrecadar impostos e estabelecer as regras (a justiça) do local. Dentre os primeiros 14 lotes distribuídos por D. João III estava a Capitania de Pernambuco, ou Capitania de Nova Lusitânia, como seu Donatário, Duarte Coelho, a batizou.

Dessa forma, em 1535, Duarte Coelho se estabeleceu no local onde, em 1537 foi fundada a Vila de Olinda. Nesse mesmo ano foi fundada também a Vila de Igarassu. Até então, os ocupantes daquela região eram os índios Tabajaras.

Estabeleceram-se na Capitania vários engenhos, que investiam na plantação de cana-de-açúcar, utilizando mão-de-obra escrava. Durante vários anos, a Capitania de Pernambuco produziu grande quantidade de açúcar, sendo responsável por mais da metade das exportações do país.

Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se em Recife, fazendo dela a capital do Brasil holandês.

A partir de 1645 teve início a Insurreição Pernambucana, movimento de luta contra o domínio holandês de Pernambuco. Foram quase 10 anos de conflito, com destaque para as Batalhas de Guararapes (foram duas), até que em janeiro de 1654 os holandeses se renderam.

A ocupação dos holandeses fez prosperar a cidade de Recife, onde se estabeleceram muitos comerciantes e mascates, enquanto Olinda continuava a ser o reduto dos senhores de engenho. Devido a divergências quanto à demarcação de novas vilas, em 1710, os moradores de Olinda invadiram o Recife, dando inicio a chamada Guerra dos Mascates. O líder da ocupação, Bernardo Vieira de Melo entrou para a história quando sugeriu que Pernambuco se tornasse uma república. Essa foi a primeira vez que se falou em república no país. O conflito só terminou com a chegada, em 1711, do novo governador da região.

Mas os conflitos e revoltas não foram só estes. Ocorreram ainda:

- Revolução Pernambucana (1817) – Eclodiu por um conjunto de motivos, dentre os mais importantes: a crise na produção de açúcar e algodão, o descontentamento com o domínio do comércio pelos portugueses e as idéias republicanas. Os revolucionários venceram algumas lutas e chegaram a estabelecer um governo provisório, mas logo foram derrotados pelas forças militares.

- Confederação do Equador (1824) – Movimento revolucionário que uniu várias províncias do Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, além de Pernambuco) com idéias separatistas, ou seja, que pretendiam separar-se do império e instalar uma republica que seria chamada de Confederação do Equador. Frei Caneca foi o principal personagem desse movimento. Foram logo derrotados, e Frei caneca, fuzilado.

- Revolução Praieira (1848) – Foi mais um conflito de cunho liberal, com idéias separatistas, mas que ocorreu na esfera político-partidaria.

Após a Proclamação da Republica, o estado de Pernambuco voltou-se para seu desenvolvimento industrial e de infra-estrutura.

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