Geografia de Pernambuco

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A geografia de Pernambuco é marcado pelo aumento da altitude do litoral em direção ao interior do estado. O território pernambucano possui os três principais tipos de relevo da formação geomorfológica brasileira: planície, planalto e depressão. Assim, o relevo estadual pode ser classificado em: Planície litorânea (Litoral), Planalto (Zona da Mata e Agreste Pernambucano) e Depressão (Sertão Pernambucano).

Praias arenosas e pouca variação morfológica marcam a faixa costeira do estado. O Litoral Pernambucano é composto por praias e planícies estuarinas onde desembocam muitos rios como Capibaribe, Goiana, Ipojuca, Maracaípe, Sirinhaém, Tatuoca. Nas desembocaduras fluviais dispõem-se materiais argilosos que permitem a proliferação dos manguezais. A porção norte do litoral, formada no período Mesozoico, possui a mesma composição estrutural até João Pessoa, dando origem à Bacia Pernambuco-Paraíba. No sentido sul, processos tectônicos deram origem à Bacia do Cabo, uma feição geológica composta por rochas sedimentares e vulcânicas.

A Zona da Mata se caracteriza pelo domínio morfoclimático dos Mares de Morros com colinas onduladas que separam o litoral do Agreste. A região é conhecida como Piemonte Oriental do Borborema, já que tem como limite as Encostas Orientais da Borborema. Por estarem localizadas muito próximas ao mar, as Colinas da Zona da Mata recebem a influência direta dos ventos alísios que contribuem para o processo erosivo da topografia local. Ainda assim, sua litologia é a mesma do Planalto da Borborema, composta de rochas graníticas e gnaisses do período Pré-Cambriano. No topo das colinas, pode-se avistar as coberturas que compõem a Formação Barreiras.

Em direção ao interior do continente, entre a Zona da Mata e o Agreste, encontra-se a Serra das Russas. A formação morfológica é a borda ocidental da Serra da Borborema. E é sobre os planaltos da Borborema e da Bacia do Jatobá que se situa o Agreste Pernambucano, onde pairam os terrenos mais antigos do estado, de formação orogênica, gerados no Pré-Cambriano. A altitude média da região é de 400 metros, entretanto, as porções mais elevadas ultrapassam os 1000 metros. A estrutura predominante é composta por rochas graníticas, gnaisses e migmatitos, o que acarreta em formações morfológicas mais abruptas como pedimentos e pediplanos. É nesta região que estão localizados os pontos mais altos do estado: a Serra da Boa Vista (em Brejo da Madre de Deus) e o Pico do Papagaio (em Triunfo), a cerca de 1200 metros de altitude cada, na divisa de Pernambuco com a Paraíba. No local, a temperatura é bem mais amena, podendo chegar a 8ºC, em contraste ao restante do território pernambucano.

A redução da altitude do estado vai se acentuando em direção ao Sertão Pernambucano. Com o final das serras, as cotas altimétricas diminuem, o que leva à formação de uma depressão, já que a região está situada a oeste do Planalto da Borborema. Serras menores e chapadas de estrutura sedimentar dão os contornos mais acentuados do local. Em virtude da aridez, os solos são mais arenosos e de baixa fertilidade. Nesta região está localizada a Chapada do Araripe, um tabuleiro de planaltos areníticos, marcado por um relevo plano ou suavemente ondulado, situado bem na divisa dos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. No local, concentra-se a maior reserva de gipsita do Brasil e a segunda maior do mundo.

Confira no link abaixo o mapa com o relevo do estado de Pernambuco:

http://www.srhe.pe.gov.br/documentos/PDF_Mapas/tematicos/Relevo_atlas2005.pdf

Referências bibliográficas:

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SERRAS e vales de Triunfo se destacam da região da seca em Pernambuco. Disponível em: <http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2013/03/serras-e-vales-de-triunfo-se-destacam-da-regiao-da-seca-em-pernambuco.html>. Acesso em: 09 de agosto de 2016.

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