Origem e Evolução dos Peixes

Por José Henrique Garcia
Categorias: Evolução, Peixes
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Os oceanos primitivos do período Cambriano, cerca de 510 milhões de anos atrás, deram origem aos primeiros tipos de peixes, denominados de ''Ostracodermas''. Os Ostracodermas viveram nos oceanos antigos durante um curto período de tempo geológico, que durou do Cambriano até o final do Período Devoniano, cerca de 310 milhões de anos atrás. Os Ostracordermas eram organismos muito diferentes dos peixes que hoje nós conhecemos. Eram peixes que não apresentavam mandíbulas, tendo o corpo recoberto por placas ósseas. Os Ostracodermas são atualmente incluído na classe Agnatha ou Ciclostomata, são peixes viventes atualmente que também não apresentam mandíbula, incluem peixes como as lampréias e feiticeiras.

Característica de Agnatha

Conodontes

Logo depois na árvore evolutiva, viriam os Conodontes, peixes que teriam registro fóssil provenientes do final do período Cambriano e início do Triássico. Basicamente nestes organismos foram registradas o que seria as primeiras brânquias. No ano de 1983 alguns fósseis completos foram recuperados.

Estes organismos possuíam corpo alongado e olhos grandes, suportados por cartilagem. Basicamente as partes encontradas de conodontes eram formadas por dentina e esmalte. As branquispinas indicavam uma alimentação por filtração por formarem um sistema de malhas, porém alguns outros do grupo apresentavam estruturas modificadas que possivelmente eram utilizadas para captura das presas. De maneira geral os Conodontes são similares aos ciclostomados, entretanto mais evoluídos que os ciclostomados hoje existentes.

Apesar do surgimento dos peixes no Cambriano, a diversificação deles ocorreu no Período Siluriano, cerca de 443 milhões de anos a 417 milhões de anos, sendo que no Devoniano surgiram os primeiros peixes com mandíbulas (417 milhões de anos a 354 m.a)

Com a diversificação dos peixes ocorrendo no Siluriano, surgiram então depois de diversas modificações (estruturas ósseas, corpo, boca, trato digestivo, placas dérmicas e escamas, modo de natação) duas classes hoje conhecidas como Classe Chondrichthyes (peixes cartilaginosos- Ex: raia, tubarões) e Classe Osteichthyes (peixes ósseos- Ex: bacalhau).

Classe Chondrichthyes

Os tubarões, raias e quimeras pertencem Classe Chondrichthyes. Eles tem a mandíbula superior e inferior feita de cartilagem. Os tubarões possuem um ilimitado suprimento de dentes. Devido ao dano ou perda contínua de dentes, eles vão sendo continuamente repostos.

Os Chrondrichthyes são chamados de peixes cartilaginosos, pois seus esqueletos são feitos de cartilagem. Eles respiram quando a água passa através de sua boca, sobre as brânquias e saem pelas fendas branquiais. As raias tem um alargamento de suas nadadeiras peitorais e uma cauda bem desenvolvida, podendo ser curta ou longa conforme a espécie.

As raias nadam com o movimento ondulatório de suas nadadeiras peitorais e os tubarões nadam principalmente com a ação de sua cauda. As raias tem a boca na parte ventral do corpo, com dentes achatados. Para respirar a água passa pelos espiráculos (aberturas dorsais), pelas brânquias e saem pelas fendas brânquias.

Classe Osteichthyes

Os peixes ósseos se diferem dos agnathas porque possuem mandíbulas, e dos peixes cartilaginosos porque possuem esqueletos ósseos. A maioria dos peixes ósseos possuem escamas, alguns tem placas e outro, como o bagre, tem a pele sem proteção.

Os peixes ósseos podem ter um ou dois pares de nadadeiras, podendo também não possuir nadadeiras. Esse grupo de peixes também possui bexiga natatória.

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