Clima da Paraíba

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O clima da Paraíba se distingue pela alta incidência de raios solares, devido à proximidade com a Linha do Equador, e conforme um maior distanciamento do oceano. A leste, o clima é tropical úmido com chuvas durante o outono e o inverno. Na região do Borborema e em parte do Sertão, o clima é semiárido, local onde predomina o chamado Polígono das Secas. A oeste, as massas de ar úmidas deixam o clima na região quente e semiúmido com o predomínio de chuvas de verão.

A Mata Paraibana é caracterizada pelo clima tropical quente e úmido. A umidade advinda do Oceano Atlântico é a principal responsável pelos altos índices pluviométricos na porção leste do território. As médias da região atingem 1.800 mm, especialmente no outono e no inverno. As chuvas se formam, especialmente, pelas massas Atlânticas carregadas pelos Alísios de Sudeste. Mataraca, na divisa litorânea com o Rio Grande do Norte, registrou o maior índice pluviométrico do estado em 2015 (1733 mm). Já entre o litoral e o Planalto da Borborema, nos pontos mais altos da Mata Paraibana, a chuva pode ser decorrente da altitude (chuvas orográficas). A temperatura média desta parte do estado fica em torno dos 26ºC.

Mapa da Média de Precipitação Anual no Estado da Paraíba. Mapa: Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba.

Mapa da Média de Precipitação Anual no Estado da Paraíba. Mapa: Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba.

Na região do Borborema, no centro da Paraíba, o clima é o semiárido quente com chuvas de verão. Entre fevereiro e maio, ocorrem as maiores quantidades de chuva nas regiões do Cariri/Curimataú e do Sertão. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema meteorológico responsável pela pluviosidade na região, que alcança, em média, 500 mm ao ano. Em razão da altitude, as temperaturas tendem a ser mais baixas, mas a falta de pluviosidade impede uma maior redução do calor no local.

No oeste do estado, o clima é o tropical quente semiúmido, também com chuvas de verão. As temperaturas médias do Sertão Paraibano giram em torno dos 27ºC. Já o índice pluviométrico da região fica próximo dos 800 mm, graças aos sistemas meteorológicos formados nos altos níveis da atmosfera, como os Vórtices Ciclônicos e os Cavados, além dos Sistemas Frontais de Sudeste. Ainda assim, cidades como Cacimba de Areia e Coremas registraram índices abaixo de 25 mm, em 2015. Vista Serrana, próximo à divisa com o Rio Grande do Norte, não contabilizou nenhuma gota de chuva no mesmo período.

Entre 1991 e 2012, o Sertão Paraibano foi a região do estado mais afetada por estiagens e secas. Foram 711 ocorrências em 84 municípios. Areias de Baraúna, Bernardino Batista, Brejo dos Santos, Cacimbas, Cajazeirinhas, Mãe D’Água, Quixaba, Riacho dos Cavalos, São Bento e Uiraúna, todos localizados na porção leste do Sertão Paraibano, foram as cidades que registraram o maior número de casos de estiagem e seca do estado no período (entre 12 e 13 eventos). Nestes doze anos, quase 8,5 milhões de paraibanos foram afetados por estiagens e secas, sendo que 3200 ficaram completamente desalojados e oito morreram.

Referências bibliográficas:

AGÊNCIA Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba. Disponível em: <http://www.aesa.pb.gov.br/>. Acesso em: 18 de agosto de 2016.

ALMANAQUE Abril. São Paulo: Abril, 2015.

FRANCISCO, Paulo R. M. Classificação e Mapeamento das Terras para Mecanização Agrícola do Estado da Paraíba utilizando Sistema de Informações Geográficas. 2010. 107 f. Dissertação (Mestrado em Manejo de Solos e Água),

Universidade Federal da Paraíba, 2010. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/arquivos_publicacoes/CLASSIFICACAO%20E%20MAPEAMENTO%20DAS%20TERRAS.pdf>. Acesso em: 18 de agosto de 2016.

SANTOS, Patrícia Cardoso dos (et al.). Enciclopédia do Estudante: geografia do Brasil: aspectos físicos, econômicos e sociais. São Paulo: Moderna, 2008.

UNIVERSIDADE Federal de Santa Catarina – Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais: 1991 a 2012. 2 ed. Vol. Paraíba. Florianópolis: CEPED UFSC, 2013. Disponível em: <http://150.162.127.14:8080/atlas/Atlas%20Paraiba%202.pdf>. Acesso em: 18 de agosto de 2016.

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