Clima polar

Graduanda em Geografia (IFSP)
Graduada em Biologia (UNICSUL, 2018)

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O clima polar possuí características de longos invernos e temperaturas extremamente baixas, durante o ano inteiro. Assim, as estações do ano, não são bem definidas. É predominante em áreas elevadas altitudes e nos extremos norte e sul do planeta. O clima polar permeia o norte canadense, Sibéria, Alasca (que pertence aos Estados Unidos), Groelândia, Rússia, Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia, além da Antártida, ao sul do nosso planeta, um continente montanhoso e um dos lugares mais gelados do mundo, com inúmeras regiões inóspitas, que se torna quase impossível viver com o frio intenso.

As principais características do clima polar são as zonas com baixas temperaturas, variando entre 10°C e 40°C negativos, com precipitações apenas em forma de neve, embora não ocorra com frequência, tendo a média anual de apenas 150 milímetros. A umidade relativa do ar é em torno de 70% no inverno e 80% no verão, que é bastante curto. Os índices pluviométricos são baixos, se aproximando a índices de desertos de areia quentes, devido a falta de chuva. Pela região do clima polar, os ventos são constantes e intensos, cobrindo inúmeras regiões com a neve. Como consequência das baixas e negativas temperaturas nos polos, normalmente não deveria ocorrer o derretimento do gelo, provocando a acumulação e formação de camadas espessas de gelo sobre o solo e sobre o oceano.

Geleiras na Islândia. Foto: Adellyne / Shutterstock.com

O que permite as características do clima polar é o eixo de inclinação do planeta Terra, que dificulta a incidência de raios solares. Além disso, o movimento de rotação da Terra tem como consequência a oposição do sol durante seis meses nas regiões, impedindo a elevação da temperatura. Quando há o alcance da luminosidade solar, ela pode permanecer durante 24 horas por dia.

As calotas polares, que levaram décadas para se formarem, por conta da rigorosa neve que cai, assim como a temperatura baixa durante o ano, porém começaram a derreter, devido ao aquecimento global. Esse aquecimento, provocado por emissões de gases estufa pelas atividades humanas, é o principal causador das mudanças climáticas atuais e futuras, trazendo uma série de situações e vulnerabilidade tanto para a humanidade, quanto para os outros seres vivos e a natureza.

Apesar das regiões serem super frias, sendo consideradas vazios demográficos, existem espécies de plantas e animais que conseguem se manter com as temperaturas baixas, como a vegetação de Tundra, que significa “terra estéril” ou “sem árvores”. A cobertura vegetal é dividida em dois tipos, ártica e alpina, sendo a ártica localizada no Polo Norte, o bioma mais seco e frio da Terra. Logo as quantidades de chuvas são quase nulas e a incidência solar, como já mencionada, baixa. Coberto de neve praticamente no ano inteiro, por consequência, as plantas da região são normalmente baixas, rasteiras, compostas por líquens e musgos. Algumas plantas conseguem florescer pela primavera, outras são perenes, florescendo apenas no verão e morrendo no inverno.

Clima polar da Antártida. Foto: Denis Burdin / Shutterstock.com

As regiões do polo norte são habitadas por esquimós, principalmente ao norte do Canadá e do Alasca, vivendo da caça e pesca, com a alimentação derivada de focas, peixes, morsas e ursos-polares. Além da caça, a descoberta de minerais nas regiões polares trouxe maior estabilidade econômica, sendo comum a exploração de ouro, cobre e petróleo.

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