Cretáceo

Doutorado em Geociências (USP, 2015)
Mestrado em Geologia Sedimentar (UNISINOS, 2008)
Graduação em Ciências Biológicas (UNISINOS, 2006)

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O Período Cretáceo é o período de tempo correspondente a 145 a 65 milhões de anos, sendo o último período da Era Mesozóica. O nome Cretáceo deriva da palavra latina Creta, que significa greda ou giz, para denominar a rocha esbranquiçada, o calcário, formado por conchas de micro-organismos, onde os depósitos cretáceos foram pela primeira vez descritos.

No período Cretáceo, os continentes começam a migrar para a posição que ocupam atualmente.

Posição dos continentes durante o Período Cretáceo. Ilustração: Mila Kananovych / Shutterstock.com

Durante esse período, existiu uma grande biodiversidade em todos os grupos. Ao final do Cretáceo, as plantas já tinham evoluído para várias formas modernas. A diversificação das Angiospermas estimulou a evolução dos insetos, e mais grupos modernos apareceram, como as formigas e as borboletas. Os anfíbios foram representandos por rãs e salamandras. Os micro-organismos plantônicos e invertebrados marinhos desenvolveram novos grupos, como os equinodermos, gastrópodes e corais. Os dinossauros alcançaram o seu ápice, sendo difícil contar onde os dinossauros terminavam e os pássaros começavam. Apareceram ainda, muitos mamíferos novos, incluindo placentários, marsupiais e monotremados (mamíferos que põem ovos, como o ornitorrinco).

O ápice dos dinossauros durante o Período Cretáceo. Ilustração: AmeliAU / Shutterstock.com

Acredita-se que a separação dos continentes contribuiu fortemente para o isolamento geográfico global das espécies, o que diferenciou fauna e flora.

O final do período Cretáceo (final da Era Mesozóica), e transição para a Era Cenozóica são marcados pela 2ª maior e mais conhecida extinção em massa da história da Terra, a extinção do K-T (Cretáceo - Terciário – o antigo período da Era Cenozóica), a aproximadamente 65 milhões de anos, com e extinção de 25% das famílias, e 75% de todas as espécies do planeta, entre eles, a extinção dos dinossauros, entre outros grandes grupos continentais e marinhos. A causa mais aceita para essa extinção é a queda de um asteroide, que desencadeou uma reação em cadeia a partir da sua colisão, como o efeito estufa, ativação de vulcões, e consequente acidificação das águas da chuva e dos oceanos.

Referências:

1. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.; TOLEDO, M.C.M. & TAIOLI, F. (2007). Decifrando a Terra. 2ª edição, São Paulo, SP; Companhia Editora Nacional, 623p.

2. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J. e JORDAN, T.H. (2013). Para entender a Terra. Tradução R. Menegat (coord.), 6ª edição, Porto Alegre, RS; Bookman, 656p.

3.http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-Ametista/Canal Escola/Breve-Historia-da-Terra-1094.html

4. http://www.scotese.com/climate.htm

Arquivado em: Biologia, Geografia, Geologia
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