Clima da Europa

Mestrado em Geografia (UFSC, 2015)
Graduação em Geografia (UFSC, 2012)

Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição:


Ouça este artigo:

O clima deve ser compreendido através dos dois principais fatores que o formam: temperatura e umidade. A temperatura é medida através das médias mensais e anuais, além da sua variação entre as estações. A umidade é avaliada através da precipitação média mensal e anual. Esses fatores são formados pela localização latitudinal, maritimidade e continentalidade, relevo, pressão atmosférica e correntes marítimas. A latitude influencia o nível de energia solar que determinada parte do globo recebe. A maritimidade e continentalidade correspondem à proximidade ou não de grandes corpos de água – que ajudam a regular a temperatura, mantendo a amplitude térmica baixa, além de favorecer a ocorrência de precipitação. O relevo interfere na temperatura – se uma área for mais elevada, será mais fria – e pode impedir a umidade de dispersar-se ou de adentrar o continente. As zonas de alta pressão impedem que ventos úmidos cheguem a determinadas partes do planeta. As correntes marítimas podem impedir que a umidade chegue ao continente, tornando o ar mais seco se forem frias, ou fornecendo umidade e calor a partes mais frias do globo, se forem quentes.

Os climas polares e microtérmicos (temperados) são encontrados no norte da Rússia, na península escandinava e na parte central do leste europeu. O clima de tundra (polar) localiza-se no norte da Rússia, Noruega e Islândia. As temperaturas são baixas durante todo o ano, com o mês mais quente não ultrapassando a média de 10°C, e há baixa precipitação devido ao frio. A Islândia e a Noruega possuem um inverno mais brando, devido ao efeito do mar que regula as temperaturas. No alto dos Alpes europeus, encontramos o clima de montanha e a neve eterna, resultado das baixas temperaturas causadas pela altitude. Caracteriza-se pela baixa precipitação, normalmente em forma de neve. O clima subártico domina parte do norte da Rússia e da Escandinávia, apresentando em média sete meses abaixo de zero e baixa precipitação durante todo o ano. Os centros da Rússia, Escandinávia e leste europeu são dominados pelo clima continental úmido de verões brandos, e apresenta temperaturas abaixo do ponto de congelamento durante nove meses, no norte, e quatro meses, ao sul. Além disso, tem uma baixa precipitação, embora bem balanceada durante o ano. O clima continental úmido de verão quente domina a porção sul do leste europeu, apresentando uma precipitação balanceada durante o ano e quatro estações bem definidas, com verões quentes e invernos brandos.

Os climas mesotérmicos (subtropicais) estão presentes na Europa ocidental, na parte oeste da Escandinávia e ao sul da Islândia. O norte da Europa ocidental, oeste da Escandinávia e sul da Islândia estão sob influência do clima marítimo da costa oeste, com verões e invernos brandos, dificilmente chegando a médias abaixo de zero. A precipitação é distribuída durante o ano e as quatro estações são bem definidas. O nordeste da Itália, sul da Áustria e parte do centro dos Bálcãs possui um clima úmido o ano todo, com medias entre 1.000mm e 2.000mm, com verões quentes e invernos amenos. O clima mediterrâneo de verões secos é encontrado no litoral do mar mediterrâneo, caracterizado por apresentar quatro estações bem demarcadas. Enquanto o verão é quente, o inverno é ameno e concentra a precipitação, contrariando a média global de invernos mais secos. Isso se deve à migração sazonal da zona de alta pressão subtropical que atua sobre o deserto do Saara, impedindo que a umidade do mediterrâneo e atlântico penetre no continente. Podemos observar pequenos enclaves de clima semiárido ao sul, norte e nordeste da Espanha, onde temos uma baixa precipitação e temperaturas altas durante todo o ano.

Fontes:

CHRISTOPHERSON, Robert W. Geossistemas: Uma introdução a. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. Francisco Mendonça.

Arquivado em: Clima, Oceania
Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição: