Vegetação de São Paulo

Mestre em Ciências Humanas (PUC-RJ, 2016)
Graduado em Geografia (UFF, 2009)

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As espécies da flora não estão distribuídas ao acaso, mas sim agrupadas em formações vegetais em equilíbrio com o solo, clima, além de contar com a concorrência de ações por parte da sociedade humana. Assim, vegetação é a forma de agrupamento das espécies vegetais em consonância com o ambiente, incluindo a participação da ação do homem na sucessão de seus modos de produção (MARTINELLI, 2010).

O Estado de São Paulo apresenta em seu território, de forma bastante resumida, três tipos distintos de vegetação: o mangue, nas áreas de litoral, a Mata Atlântica dentro do domínio da Serra do Mar e florestas tropicais em outras partes do Estado. Pode-se observar que vegetação do Estado de São Paulo é bastante variada e demonstra, de forma sintetizada, os diferentes domínios naturais existentes no Brasil. Diante disso, é possível verificar que no centro e oeste do Estado ocorrem cerrados, campos sujos e cerradões. Nessa região ainda existem vestígios de florestas tropicais e subtropicais.

Os tipos básicos de vegetação presentes no Estado são:

A vegetação de Floresta ombrófila densa ocorrem em áreas de Mata Atlântica e são caracterizadas pelas altas temperaturas e pelas chuvas que ocorrem o ano todo. A vegetação de Floresta ombrófila mista também é conhecida como de Mata de Araucárias. Geralmente esse tipo de vegetação ocorre nas regiões montanhosas do Estado de São Paulo, como no município de Campos do Jordão, e são caraterizadas por um período seco inferior a 60 dias. A vegetação de Floresta estacional semidecidual são aquelas de Mata Atlântica do interior, onde se tem uma estação seca e outra chuvosa. A vegetação de restinga são aquelas que ocorrem ao longo das praias, cordões arenosos e planícies costeiras. A vegetação de savana, também conhecida como vegetação de cerrado, pode ser observada em várias partes do Estado de São Paulo, principalmente nas regiões do noroeste do Estado e das regiões centrais, apresenta-se em quatro formações distintas (típica, florestada, arborizada e gramíneo-lenhosa). E, por fim, a vegetação de Mangue é encontrada em áreas em que as águas de rio e do mar se misturam, esse tipo de vegetação é adaptado a sobreviver em ambientes de salinidade elevada e de solo lodoso.

Convém acrescentar que boa parte da cobertura vegetal original do Estado de São Paulo foi intensamente devastada pelo extrativismo da madeira, pelos ciclos econômicos da expansão cafeeira, da cana-de-açúcar, da laranja e pela construção e ampliação das cidades. Para tentar reverter esse quadro, diversas áreas de proteção ambiental foram criadas além do Sistema de Informações Florestais do Estado de São Paulo (SIFESP) cujo objetivo é disponibilizar informações sobre a vegetação natural e o reflorestamento resultantes de levantamento efetuado pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, através de seu projeto “Inventário Florestal do Estado de São Paulo”. Este trabalho vem apresentando resultados relevantes, no último levantamento da cobertura vegetal realizado entre 2008 e 2009 identificaram 4,3 milhões de hectares de campos e florestas originais, correspondendo a 17,5% do território do Estado de São Paulo.

Referências:

MARTINELLI, Marcelo. Estado de São Paulo: aspectos da natureza. Confins Online, 2010. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6557 – Acesso em 20 de dezembro de 2017.

SISTEMA DE INFORMAÇÕES FLORESTAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/sifesp/. Acesso em 20 de dezembro de 2017.

SAVANAS e três tipos de floresta - Vegetação do Estado de São Paulo agora segue a terminologia nacional. FAPESP, 2003. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2003/09/01/savanas-e-tres-tipos-de-floresta/ - Acesso em 21 de dezembro de 2017.

Arquivado em: Geologia, São Paulo
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