Imperialismo norte-americano

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Imperialismo norte-americano é uma expressão frequentemente utilizada para descrever um histórico de ações e doutrinas da política externa dos Estados Unidos que demonstram uma inequívoca intenção de controlar eventos em todo o mundo, de maneira que favoreça seus próprios interesses econômicos, políticos e estratégicos.

As raízes desta prática já são encontradas logo após a consolidação da independência do país, no início do século XIX. Naquela época, o litoral do Mediterrâneo, próximo a Argélia, Tunísia e Líbia era infestado por piratas financiados pelos governos locais, sendo que ambos dividiam os lucros dos ataques realizados. Para evitar ataques, todas as grandes potências da época pagavam tributos anuais aos três territórios africanos, referidos então como Berbéria. Os norte-americanos, que durante algum tempo pagaram tal tributo, resolveram acabar por conta própria com tal esquema, em dois episódios chamados de Guerras Berberescas, a primeira entre 1801 e 1805 e a segunda em 1815.

Pouco depois, em 1823, surge a Doutrina Monroe, anunciada pelo presidente James Monroe. Esta é geralmente resumida na frase “América para os americanos”, expressando a ideia de que todos os territórios do continente possuem direito à independência. Na prática, a Doutrina Monroe serve para “expulsar” gradualmente Grâ-Bretanha e França, potências ainda com alguma influência nas Américas, colocando em seu lugar os Estados Unidos, que acabam por “apadrinhar” econômica e politicamente todos os países da área.

O próximo movimento importante do imperialismo norte-americano é a Doutrina do “Big Stick”, (ou porrete, em português), levada a cabo pelo presidente Theodore Roosevelt, onde os EUA passam a agir através de guerras, ou fomento de revoluções ou ainda mediante influência econômica, para aumentar sua influência no planeta. O país naquela época já se tornara uma potência industrial, e prova sua superioridade na Guerra Hispano-Americana de 1898, ao tomar Cuba, Porto Rico e Filipinas da Espanha. Além disso, anexa o Havaí e é influência determinante na independência do Panamá, então um província colombiana. É ali que pouco depois será construído o Canal do Panamá, uma via que liga de modo eficaz os oceanos Atlântico e Pacífico. A Zona do Canal, que inclui o canal e áreas circundantes, ficará em posse dos Estados Unidos de 1903 a 1999.

As duas guerras mundiais contribuem definitivamente para o enfraquecimento das potências europeias e o crescimento dos EUA, que saem vencedores dos dois conflitos, sem ter seu território ocupado em qualquer ocasião. A partir daí, o imperialismo se torna um veículo para recrutar outros países e fazer frente à nova ameaça do período da Guerra Fria, a União Soviética. Com o colapso desta, os EUA experimentam um período como potência hegemônica, chegando ao ponto de promover até guerras preventivas, ou seja, ataques a países onde há séria contestação às políticas norte-americanas e seus interesses.

Atualmente, em momento de crise econômica global e de contenção de gastos, os EUA procuram exercer sua influência de modo mais discreto, sem despertar grande reprovação da opinião pública em geral.

Bibliografia:
Imperialismo norte americano resumo. Disponível em: < http://www.zun.com.br/imperialismo-norte-americano-resumo/ >.

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