Alcano, Alceno e Alcino (parafinas, olefinas e acetilenos)

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Alcanos (ou Parafinas)

Alcanos são os hidrocarbonetos alifáticos (cadeia aberta) saturados, isto é, apenas com ligações covalentes simples (C─C) entre seus átomos de carbono.

Fórmula geral:

CnH2n+2

onde n é o número de átomos de carbono na molécula.

Com efeito, cada carbono está ligado a dois átomos de hidrogênio, com exceção dos dois carbonos das extremidades da cadeia, ligados a três átomos de hidrogênio.

Exemplo: Butano (C4H10)

H3C─CH2─CH2─CH3
butano

Portanto, o número de átomos de hidrogênio é o dobro do número de átomos de carbono, somando dois.

Os alcanos estão entre os compostos orgânicos menos reativos frente aos reagentes comuns de laboratório; de fato seu outro nome, “parafinas”, deriva de expressão latina que significa que eles têm pouca afinidade por outros reagentes.

Não se deixe enganar pelo significado disto. Lembre-se que boa parte dos combustíveis (gás de fogão, gasolina, óleo diesel, querosene, etc.) é constituída por alcanos: a grande quantidade de energia obtida é gerada na reação dos alcanos com o oxigênio do ar.

O metano, por exemplo, pode formar misturas com o ar que são perigosamente explosivas: essas misturas são responsáveis por grande número de acidentes em minas de carvão.

Alcenos (ou Alquenos, ou Olefinas)

Alcenos são os hidrocarbonetos alifáticos insaturados, isto é, que apresentam uma ligação covalente dupla (C═C) entre seus átomos de carbono.

Fórmula geral:

CnH2n

O número de átomos de hidrogênio é o dobro do número de átomos de carbono. Em relação aos alcanos, a formação da dupla ligação “retira” dois átomos de hidrogênio.

Exemplo: 1-buteno (C4H8)

H2C═CH─CH2─CH3
1-buteno

Os alcenos diferem dos alcanos pela presença de uma insaturação, uma ligação π (pi), que confere considerável reatividade aos alcenos frente a muitos reagentes comuns de laboratório.

O eteno, ou etileno, constitui o mais simples dos alcenos e se apresenta como um gás incolor e insolúvel na água. Esse gás tem a propriedade de formar líquidos oleosos quando em reação com cloro ou bromo, daí ter sido chamado de gás oléfiant (gás gerador de óleo). Desse nome surgiu a denominação “olefinas”, empregada para todos os alcenos.

Alcinos (ou Alquinos ou Acetilenos)

Alcinos são os hidrocarbonetos alifáticos insaturados, isto é, que apresentam uma ligação covalente tripla entre átomos de carbono sem que a seqüência de carbonos forme um ciclo.

Fórmula geral:

CnH2n-2

O número de átomos de hidrogênio da molécula de alcino é o dobro do número de átomos de carbono, menos dois. Em relação aos alcenos, a formação da tripla ligação “retira” dois átomos de hidrogênio.

Exemplo: Propino (C3H4)

Como os alcenos, os alcinos são também insaturados e, por isso, sofrem facilmente reações de adição, e os métodos para prepará-los (uma parte pelo menos) envolvem reações de eliminação (que geram instaurações).

O acetileno ou etino, C2H2, é o alcino mais simples. Trata-se de um gás de grande importância que foi descoberto em 1836, na Inglaterra, por Edmund Davy (primo do famoso químico Humphry Davy). Inicialmente considerado apenas uma curiosidade de laboratório, logo ganhou grande utilidade como combustível para iluminação (em queimadores apropriados, o acetileno produz luz muito mais clara do que qualquer outro combustível), como combustível para soldas, e como matéria prima para indústria química.

Arquivado em: Química
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