Câncer

Por Aline Oliveira Silva

Graduação em Biologia (CUFSA, 2010)
Especialização/MBA em Análises Clínicas (Uninove, 2012)

Categorias: Câncer, Doenças
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A palavra câncer vem do grego karkínos, que significa caranguejo (pois as veias dos tumores se assemelham às patas de um caranguejo) e é o nome atribuído a um grupo de mais de 100 doenças não contagiosas, caracterizadas por uma proliferação celular descontrolada. Embora existam variados tipos de câncer, todos tem início a partir do crescimento anormal e descontrolado de células.

O processo de carcinogênese, ou seja, a formação do câncer, tem início a partir de células de algum tecido ou órgão do corpo que começam a crescer descontroladamente, perdem a capacidade de diferenciação, sendo assim não são mais especializadas em uma determinada função, resultando em células anormais, que podem se multiplicar e invadir outros órgãos. Em geral, esse processo ocorre de forma lenta, podendo levar anos até o aparecimento do tumor.

As células são as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. Em condições normais, a maioria das células crescem, multiplicam-se e morrem de maneira ordenada. O processo de divisão celular, que dá origem a novas células a partir de uma célula “mãe”, é extremamente regulado, de maneira que os processos de manutenção da vida, do crescimento e do envelhecimento são realizados. Nesse processo estão envolvidas estruturas denominadas genes, que são compostas de DNA (ácido desoxirribonucleico), onde estão presentes as informações genéticas do ser humano.  Os genes responsáveis pela divisão celular são denominados proto-oncogenes, e quando por alguma razão ocorre uma mutação genética, ou seja, uma falha genética, esses genes podem se transformar em um oncogene. Por sua vez, um oncogene é um gene relacionado com o surgimento de tumores, tanto malignos quanto benignos.

A diferenciação entre os tumores malignos e benignos está relacionada basicamente ao mecanismo de metástase, processo em que o tumor tem a capacidade de se espalhar e invadir outros órgãos. Os tumores benignos não possuem a capacidade de provocar metástases, já os malignos são agressivos e possuem a capacidade de infiltrar outros órgãos.

Os tipos mais comuns de câncer são: câncer de pele, câncer de pulmão, câncer de mama, câncer de próstata, câncer de colo de útero, câncer de boca, câncer colorretal, câncer de estomago, entre outros. Ainda, existem categorias que agrupam os tipos de câncer de acordo com o tipo histológico, que é a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor, são elas:

Embora o câncer represente muitas doenças heterogêneas, e exista um fator genético no desenvolvimento da doença, variados tipos podem ter em comum os mesmos fatores de risco associados, como o uso de tabaco, álcool, alimentação inadequada e a infecção por vírus, como o Papiloma vírus Humano (HPV).

O diagnóstico do câncer é feito a partir da história clínica do paciente, exame físico detalhado, e se possível exame para visualização da área atingida. O tratamento com quimioterapia, radioterapia e em alguns casos cirurgia, são os recursos mais utilizados no combate ao câncer. O diagnóstico precoce possibilita tratamento e até cura. A ciência que estuda o câncer é denominada Oncologia.

Bibliografia:

Instituto Nacional de Câncer (Brasil). ABC do câncer : abordagens básicas para o controle do câncer / Instituto Nacional de Câncer. – Rio de Janeiro : Inca, 2011. 128 p.:il.

http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer/12/1/

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