Floresta equatorial

Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais (UFAC, 2015)
Graduada em Ciências Biológicas (UFAC, 2011)

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As Florestas Equatoriais se desenvolvem próximo à linha do Equador. São encontradas na América do Sul, sudeste da Ásia e na África. A Floresta Amazônica na América do Sul e a Floresta do Congo na África são as principais Florestas Equatoriais. Nessas regiões as temperaturas são elevadas e as chuvas abundantes durante o ano inteiro, mantendo a floresta bastante úmida.

Floresta equatorial. Foto: Pablo Hidalgo / Shutterstock.com

Floresta equatorial. Foto: Pablo Hidalgo / Shutterstock.com

Essas características permitem o desenvolvimento de uma vegetação densa com uma elevada riqueza de espécies vegetais. As árvores são em sua maioria de grande porte, atingindo facilmente 30 a 40 metros de altura, podendo ocorrer espécies ainda maiores. Esse estrato superior não é compacto, consistindo em árvores emergentes dispersas que se elevam acima de um estrato compacto formado árvores que possuem entre 20 a 30 metros de altura. O dossel fechado impede a penetração de luz, por isso abaixo dele encontram-se árvores pequenas. Quando alguma clareira se abre, essas árvores menores podem chegar a ocupar os estratos superiores da floresta, pois respondem rapidamente ao estímulo luminoso. No sub-bosque encontram-se arbustos e um estrato herbáceo pouco desenvolvido composto por ervas.

As folhas são grandes e largas, permitindo uma maior absorção de luz solar e consequentemente aumentando as taxas de fotossíntese. É comum a presença de lianas e epífitas. As lianas utilizam os troncos das árvores como suporte para seus caules flexíveis e crescem rapidamente, sendo muito comuns em clareiras. As epífitas germinam diretamente sobre os ramos mais altos das árvores e absorvem a água das chuvas.

No solo acumula-se a serapilheira, uma camada formada por folhas em mistura com frutos, flores, galhos, etc. A serapilheira é um importante compartimento da floresta, sendo fundamental para a ciclagem de nutrientes. Devido à forte lixiviação (escoamento dos minerais dissolvidos pela chuva), os solos são pobres em nutrientes. Porém, há um elevado número de organismos decompositores que são responsáveis pela rápida decomposição da matéria orgânica, garantindo uma acelerada ciclagem dos nutrientes. Os nutrientes são absorvidos pelos vegetais antes que ocorra a lixiviação.

As florestas equatoriais abrigam uma fauna bastante rica. Na Amazônia alguns grupos são extremamente diversificados, como as aves, primatas e borboletas. Botos, onças, capivaras, bichos-preguiça, serpentes e sapos são alguns dos animais encontrados. Na Floresta do Congo destacam-se os gorilas e chimpanzés. Na Ásia encontram-se os tigres e leopardos.

Grandes áreas das florestas equatoriais já desapareceram, pois foram transformadas em pastagens, áreas de cultivo agrícola, etc. Devido à baixa fertilidade, as áreas queimadas para uso da agricultura são rapidamente esgotadas e abandonadas. Quando desmatada, a floresta se transforma em uma massa de pequenos arbustos interligados por trepadeiras e samambaias.

Referências
Christopherson, R. W. Geossistemas. Uma introdução à geografia física. 7. ed. Porto Alegre:Bookman, 2012.

Arquivado em: Biomas
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